O empresário Kalil Bittar, ex-sócio de Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, afirmou que os valores recebidos de André Mariano, um dos alvos de investigações sobre superfaturamento de contratos em prefeituras, são referentes a serviços de tecnologia. Bittar, que reside em Portugal há dois anos, negou qualquer envolvimento em atividades de lobby no Ministério da Educação (MEC). A operação da Polícia Federal resultou em mandados de busca e apreensão, e cinco pessoas foram presas, evidenciando a seriedade das acusações.
A investigação aponta que Bittar e outras figuras, incluindo a ex-nora do presidente Lula, estariam envolvidos em um esquema que superfaturava contratos com a empresa Life, destinada à aquisição de materiais didáticos. A Polícia Federal documentou transferências financeiras significativas entre Mariano e Bittar, levantando suspeitas sobre a natureza dessas transações. A defesa do empresário argumenta que as atividades dele estão ligadas ao setor privado e não ao público, desafiando as alegações feitas pela investigação.
As implicações dessa situação são amplas, considerando a relação de Bittar com figuras políticas e a possibilidade de fraudes em contratos públicos. A operação da PF, em parceria com a Controladoria-Geral da União, busca esclarecer se houve conivência de servidores municipais e como essas práticas afetaram o financiamento educacional. O desfecho desse caso pode ter repercussões significativas tanto para os envolvidos quanto para a percepção pública sobre a transparência nas relações entre o setor privado e o governo.


