O mercado financeiro revisou sua previsão de inflação para 2025, diminuindo-a de 4,55% para 4,46%, após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, que apresentou a menor variação para o mês em quase três décadas. A nova estimativa se ajusta dentro do intervalo da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que varia de 1,5% a 4,5%. Essa mudança no cenário econômico foi publicada no boletim Focus, uma pesquisa semanal do Banco Central, em Brasília.
A queda na inflação é impulsionada pela redução dos custos de energia elétrica, que contribuiu para que o IPCA registrasse uma variação de apenas 0,09% em outubro. Com essa taxa, a inflação acumulada em 12 meses caiu para 4,68%, situando-se pela primeira vez em oito meses abaixo do patamar de 5%. Apesar disso, o índice permanece acima do teto da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Embora a expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, permaneça em 15% ao ano, o Banco Central indicou que não descarta a possibilidade de novos aumentos, dependendo das condições econômicas. Além disso, a projeção para o crescimento do PIB em 2025 se mantém em 2,16%, refletindo uma ligeira recuperação econômica, e a cotação do dólar é estimada em R$ 5,40 ao fim do ano.


