Em um plebiscito realizado no último domingo, 16 de novembro, os eleitores no Equador decidiram rejeitar o retorno de bases militares dos Estados Unidos ao país. Com 75% das urnas apuradas, 60% da população se manifestou contra a proposta, que é considerada uma derrota significativa para o presidente Daniel Noboa, que buscava estreitar laços com a administração Trump.
A decisão popular impede a reimplantação de uma base aérea em Manta, na costa equatoriana, que, no passado, foi um importante ponto estratégico nas operações de combate ao narcotráfico promovidas pelos EUA. O plebiscito ocorreu em um contexto de crescente preocupação com o tráfico de drogas, com Noboa apoiando ataques aéreos americanos contra embarcações suspeitas no Caribe e no Pacífico.
As implicações desse resultado podem ser profundas, afetando a política externa do Equador e sua relação com os Estados Unidos. A rejeição ao retorno das bases militares também destaca um crescente sentimento nacionalista entre os equatorianos, que podem estar se distanciando de alianças militares tradicionais em busca de maior autonomia em questões de segurança e soberania nacional.


