O Tribunal Superior de Londres condenou a mineradora BHP, uma das acionistas da Samarco, pelo desastre de Mariana, ocorrido em 2015. A decisão, considerada monumental por especialistas, reconhece que a BHP tinha conhecimento dos riscos e, portanto, é responsável pelo rompimento da barragem, resultando na morte de 19 pessoas e em um dos piores desastres ambientais do Brasil.
O advogado Thomas Goodhead, que representou as vítimas, afirmou que esta condenação abre precedentes significativos, permitindo que diversas empresas com sede em países como o Reino Unido sejam responsabilizadas por crimes ambientais ocorridos no Brasil. Além disso, mais de 400.000 vítimas poderão buscar indenizações, já que a decisão do tribunal britânico indicou que os prazos de prescrição para reivindicações ainda não começaram a contar.
A condenação também fortalece a posição legal das vítimas, que anteriormente enfrentavam obstáculos para obter reparação. Com um julgamento já agendado para 2026 para definir os valores das indenizações, a decisão do tribunal londrino pode influenciar casos futuros de crimes ambientais no Brasil, incluindo outros desastres significativos, como o de Brumadinho.


