O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou uma queda de 0,20% em setembro de 2025, superando as expectativas de economistas que previam uma retração de apenas 0,10%. A divulgação deste dado, feita na segunda-feira (17), indica uma tendência de desaceleração da economia brasileira, que enfrenta desafios devido aos juros altos. Este resultado é uma continuação da contração observada no terceiro trimestre, onde a atividade econômica encolheu 0,9% em comparação ao trimestre anterior.
A análise dos dados mostra que a retração em setembro foi liderada pelo setor industrial, que caiu 0,7%, enquanto o setor de serviços registrou uma diminuição de 0,1%. Por outro lado, a agropecuária teve um crescimento de 1,5%, contribuindo parcialmente para o desempenho geral. Apesar desse crescimento no setor agrícola, a queda geral da atividade sugere que os efeitos da política monetária restritiva estão impactando negativamente o crédito e o consumo no país.
Os economistas continuam a prever uma recuperação moderada, com expectativas de crescimento de 2,16% do PIB em 2025, embora a projeção para 2026 indique uma desaceleração para 1,78%. Os dados oficiais do PIB do terceiro trimestre serão divulgados em dezembro e poderão confirmar essas tendências de desaceleração. A manutenção da taxa de juros em 15%, a mais alta em quase duas décadas, é uma estratégia do Banco Central para controlar a inflação e estabilizar a economia em meio a esse cenário desafiador.