Pesquisadores do Japão, liderados por Keiya Hirashima do Centro RIKEN, conseguiram simular a Via Láctea com mais de 100 bilhões de estrelas ao longo de dez mil anos. Este modelo, o mais preciso até hoje, foi apresentado na conferência internacional de supercomputação SC ’25 e combina inteligência artificial com simulações numéricas, superando em muito as capacidades de modelos anteriores.
A inovação permite que a simulação modele tanto a dinâmica geral da galáxia quanto fenômenos em pequena escala, como explosões de supernovas. O método utilizado não apenas acelera o processo de simulação, reduzindo drasticamente o tempo necessário, mas também pode ser aplicado a outras disciplinas científicas, como meteorologia e oceanografia, que demandam a conexão de processos em diferentes escalas.
Com esse avanço, os pesquisadores destacam que a integração da inteligência artificial com computação de alto desempenho representa uma mudança fundamental na abordagem de problemas complexos nas ciências computacionais. Este progresso pode não apenas auxiliar na compreensão da formação galáctica, mas também contribuir para descobertas sobre a origem dos elementos que formaram a vida em nossa galáxia.


