O presidente do Equador, Daniel Noboa, enfrentou um revés eleitoral no último domingo, 16, quando a maioria dos eleitores rejeitou seu referendo que visava a instalação de bases militares estrangeiras e a elaboração de uma nova Constituição. A apuração, que já contabilizava 81% dos votos, revelou que a opção ‘Não’ superou as expectativas, desafiando as pesquisas que previam o contrário. Noboa, que assumiu o cargo há menos de um ano, expressou respeito pela decisão popular em uma mensagem nas redes sociais.
O referendo ocorreu em meio a uma onda de violência crescente no Equador, que enfrenta a maior taxa de homicídios da América Latina. A rejeição das propostas de Noboa também incluiu a negativa ao fim do financiamento estatal dos partidos políticos e à redução do número de congressistas, demonstrando uma forte oposição às suas políticas. As iniciativas foram vistas como uma tentativa do presidente de consolidar poder em um contexto de insegurança e críticas a seus métodos de combate ao crime.
As implicações dessa derrota são profundas, pois Noboa poderá ter que reavaliar sua abordagem à segurança e à governança. O descontentamento popular se manifestou nas ruas de Quito, onde manifestantes celebraram os resultados do referendo. Com a rejeição de suas propostas, Noboa enfrenta um cenário político desafiador, que poderá impactar suas alianças e a confiança do eleitorado em sua capacidade de governar em tempos de crise.


