O Chile se prepara para o segundo turno das eleições presidenciais marcado para 14 de dezembro, onde os candidatos José Antonio Kast do Partido Republicano e Jeannette Jara do Partido Comunista se enfrentarão. Apesar de indicadores econômicos relativamente estáveis, como uma inflação controlada de 4,5% e um PIB em crescimento de 2,2%, a população demonstra crescente frustração com o desemprego elevado, que atinge 8,9% nos últimos trimestres. Esta insatisfação está ligada à falta de avanços significativos em promessas de mudança política e social.
Os desafios da economia chilena incluem a dependência de commodities e uma produtividade insuficiente, conforme apontam especialistas. A economia local enfrenta vulnerabilidades, principalmente devido a choques externos, como a desaceleração de potências compradoras e flutuações nos preços dos minérios. Além disso, a promessa de uma nova Constituição, inicialmente proposta pelo governo atual, não foi cumprida, levando a um clima de ceticismo e descontentamento entre os eleitores.
Independentemente do resultado das eleições, o próximo presidente terá a tarefa de abordar a combinação de problemas econômicos e sociais que afligem o Chile. A necessidade de reformas estruturais é evidente, especialmente em relação ao sistema previdenciário e ao mercado de trabalho, que requerem uma abordagem inovadora e eficaz para restaurar a confiança da população. A forma como o novo mandatário lidará com essas questões será crucial para a estabilidade política e econômica do país nos próximos anos.


