Nesta terça-feira, 17 de novembro, a Câmara dos Deputados se prepara para votar o projeto de lei Antifacção, elaborado pelo governo e relatado pelo deputado Guilherme Derrite, que pertence à oposição e está licenciado como secretário de Segurança de São Paulo. O projeto busca enfrentar o crime organizado, mas enfrenta resistência e disputas políticas, com a votação sendo o único item na pauta do dia.
A votação estava inicialmente prevista para a semana passada, mas foi adiada devido à falta de consenso em torno do relatório. O presidente da Câmara, Hugo Motta, adiou a análise após críticas de diversos setores, incluindo governadores e especialistas em Segurança Pública. A mais recente versão do texto ainda apresenta controvérsias, especialmente em relação à caracterização de facções criminosas e ao financiamento das atividades da Polícia Federal.
Os desdobramentos dessa votação são significativos, não apenas para a atual administração, mas também para o panorama eleitoral de 2026, onde possíveis concorrentes, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, estão atentos. A falta de um acordo claro sobre o projeto pode prolongar o debate e influenciar a percepção pública sobre a eficácia do governo no combate ao crime organizado. Assim, a votação se torna um termômetro da atual dinâmica política no Brasil.


