As ações de empresas japonesas, especialmente no setor de turismo e comércio, sofreram uma queda significativa nesta segunda-feira, 17 de novembro, na Bolsa de Tóquio. A desvalorização ocorreu após a China recomendar que seus cidadãos não viajem ao Japão, em meio a crescentes tensões relacionadas à questão de Taiwan. As declarações da nova primeira-ministra japonesa, que indicaram que uma emergência em Taiwan poderia justificar uma ação militar do Japão, acentuaram a crise.
As ações da empresa de cosméticos Shiseido caíram 11,4%, enquanto o grupo varejista Takashimaya e a Fast Retailing, dona da Uniqlo, registraram perdas de 6% e quase 6%, respectivamente. A Japan Airlines também teve queda, embora não tenha havido cancelamentos significativos de voos entre os dois países. A relação econômica entre Japão e China é crítica, com a nação chinesa sendo a principal fonte de turistas para o Japão, o que torna essa tensão ainda mais preocupante para a economia japonesa.
As implicações dessa crise se estendem além do mercado financeiro, com um alto funcionário japonês tentando mitigar a situação por meio de negociações na China. A mobilização da aviação japonesa também foi anunciada após a detecção de um suposto drone chinês próximo a Taiwan. A continuidade das tensões pode impactar não apenas o turismo, mas também a economia como um todo, que já enfrentou uma contração recente.