A bolsa brasileira, com o Índice Bovespa em máxima histórica e a expectativa de queda dos juros, pode ver um aumento nas ofertas de ações, tanto públicas quanto subsequentes. A redução do endividamento e a antecipação de dividendos são fatores que estimulam esse cenário, conforme especialistas do setor. Apesar disso, a retomada de IPOs, que não ocorrem desde 2021, pode ser adiada até 2027 devido à incerteza eleitoral.
Os especialistas indicam que a alta nas ações tem sido concentrada em setores específicos, como financeiro e telecomunicações, os quais atraem investimentos significativos. A previsão é que, com a saturação do mercado de renda fixa e a queda nas taxas de juros, investidores migrem para a renda variável, o que poderá aquecer as ofertas de ações no próximo ano. Contudo, a decisão sobre grandes aberturas de capital dependerá das diretrizes do próximo governo e da estabilidade econômica após as eleições.
Os analistas ainda destacam que, enquanto as empresas buscam se capitalizar, as ofertas subsequentes podem ser mais frequentes, visando à desalavancagem e à utilização dos recursos para investimentos. A iminente tributação sobre dividendos também pode acelerar algumas captações. Assim, o ambiente para novas ofertas está se preparando, embora os IPOs tradicionais devam esperar um cenário político mais claro para avançar.


