O Chile realiza eleições presidenciais neste domingo, 16 de novembro, com os candidatos Jeannette Jara, da coalizão de centro-esquerda, e José Antonio Kast, do Partido Republicano, como os principais concorrentes. A votação começou às 8h00 locais, mobilizando mais de 15,6 milhões de eleitores para escolher o sucessor do ex-presidente Gabriel Boric e renovar a Câmara dos Deputados e metade do Senado.
A eleição ocorre em um contexto de crescente preocupação com a criminalidade, que aumentou 140% na última década, afetando a percepção de segurança da população. Jara, ex-ministra do Trabalho, promete medidas rigorosas contra o crime organizado, enquanto Kast, que se opõe à imigração irregular, defende deportações em massa e o fortalecimento da polícia. O clima de insegurança se intensificou desde o levante social de 2019, que buscava mudanças na Constituição herdada do regime de Augusto Pinochet.
Os resultados desta eleição podem ter implicações significativas para o futuro político do Chile, especialmente com a possibilidade de um governo de extrema direita. A ascensão da criminalidade e o debate sobre imigração são temas que podem moldar o cenário político nos próximos anos. As eleições também levantam questões sobre a direção do país, 35 anos após o fim da ditadura, e se os chilenos optaram por um caminho mais conservador ou progressista.


