Dermatologistas expressaram sérias preocupações sobre uma nova linha de produtos de cuidados com a pele, criada por um ator, destinada a crianças a partir de quatro anos. Os especialistas classificaram essa iniciativa como ‘distópica’, alertando que a indústria da beleza está se expandindo de forma inadequada para o público infantil. Essa tendência é evidenciada pelo lançamento recente de marcas que visam adolescentes e jovens adultos, além das crianças.
Nos últimos meses, a crescente presença de produtos de cuidados com a pele voltados para crianças não passou despercebida. Em outubro, a marca Ever-eden se tornou a primeira a oferecer produtos específicos para menores de 14 anos, nos Estados Unidos. Além disso, a rede Superdrug introduziu uma linha destinada a jovens entre 13 e 28 anos, sinalizando uma mudança significativa no mercado de cosméticos.
As implicações dessa nova abordagem são preocupantes, pois dermatologistas argumentam que esses produtos muitas vezes carecem de benefícios reais para a pele das crianças. A possível normalização do uso de cosméticos desde tenra idade pode gerar expectativas irreais sobre beleza e cuidados pessoais. Assim, o debate sobre a ética do marketing direcionado a esse público se intensifica, levantando questões sobre a saúde e o bem-estar das crianças.


