Jeannette Jara, ex-ministra do Trabalho e membro do Partido Comunista, é a candidata que lidera as intenções de voto para a presidência do Chile, a ser decidida no próximo domingo, 16 de novembro. A legislação chilena, que proíbe a divulgação de pesquisas nos 15 dias que antecedem as eleições, levanta questões sobre a transparência do cenário eleitoral. Jara aparece com 32,7% em uma recente pesquisa, superando seu principal concorrente, José Antonio Kast, que possui 20,1% dos votos.
As eleições não se limitam apenas à escolha do presidente, mas também incluem a renovação de 155 assentos da Câmara e 23 do Senado. Nos últimos meses, Jara tem se mostrado como a única candidata de esquerda com mais de 10% das intenções de voto, o que destaca sua posição no cenário político atual. Apesar de sua liderança nas pesquisas, a situação pode se complicar em um eventual segundo turno, previsto para 14 de dezembro, caso nenhum candidato alcance mais de 50% dos votos válidos.
A análise das intenções de voto sugere que Jara poderia enfrentar dificuldades em um segundo turno, especialmente em uma disputa direta com Kast. A diferença nas projeções de voto é de 8 pontos percentuais, o que implica um possível retorno ao poder da direita no Chile. As dificuldades do atual governo em implementar reformas, como a atualização da Constituição, podem influenciar a percepção do eleitorado e o resultado das eleições.


