A Petrobras realizou o desembarque de uma carga de diesel russo que havia sido apreendida da refinaria privada Refit, em uma operação conduzida pela Receita Federal. Essa é a primeira vez que a estatal brasileira se envolve com diesel originário da Rússia desde o início do conflito na Ucrânia, embora o combustível não tenha sido importado diretamente por ela.
Informações do terminal da LSEG e de fontes próximas ao caso revelam que a Petrobras foi nomeada depositária de aproximadamente 200 milhões de litros de combustíveis apreendidos, enquanto a Refit nega qualquer irregularidade. A ANP já havia interditado a Refit em setembro, alegando inconformidades operacionais e suspeitas de importação irregular de combustíveis, mas posteriormente permitiu a desinterdição parcial da unidade após a correção de algumas falhas.
O desembarque do diesel ocorreu no terminal da Transpetro, subsidiária de transporte da Petrobras, em São Sebastião, São Paulo. Esse acontecimento pode provocar repercussões nas políticas de importação e comercialização de combustíveis russos no Brasil, especialmente em um contexto de sanções internacionais contra a Rússia. A Petrobras não comentou oficialmente sobre o assunto, mas o caso levanta questões sobre a integridade das operações da Refit e o futuro da relação comercial com combustíveis de origem russa.


