No dia 7 de novembro, os participantes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém, foram informados sobre a flexibilização do código de vestimenta devido ao calor intenso, com temperaturas médias de 30°C. A conferência, a primeira a ocorrer na Amazônia, se tornou um espaço para que lideranças indígenas, como Margareth Maytapu, pudessem expor a realidade enfrentada por seus povos em relação à demarcação de terras e saúde pública.
As manifestações de indígenas na COP30 refletem a demanda por maior participação nas discussões sobre mudanças climáticas e a proteção de seus direitos. Durante os protestos, lideranças expressaram a frustração com a falta de reconhecimento e inclusão nas mesas de negociação, enquanto a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) se posicionou em defesa do direito à manifestação. Apesar de algumas tensões, o evento possibilitou um espaço para diálogo entre representantes indígenas e autoridades, incluindo ministros do governo brasileiro.
Os desdobramentos da COP30 sinalizam um aumento na visibilidade e na voz dos povos indígenas nas questões climáticas, embora desafios persistam. As reivindicações por demarcação de terras e a preservação dos direitos indígenas são questões centrais, especialmente em um contexto onde o desmatamento e as mudanças climáticas afetam diretamente suas comunidades. A conferência, portanto, se apresenta não apenas como um espaço de discussão, mas também como um campo de luta por justiça social e ambiental.


