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Apoio a execuções extrajudiciais no Caribe é de apenas 29% nos EUA

Marcela Guimarães
Tempo: 2 min.

Uma pesquisa da Reuters/Ipsos aponta que somente 29% dos norte-americanos aprovam o uso das Forças Armadas dos EUA para eliminar suspeitos de tráfico de drogas sem um julgamento formal. Esses dados surgem em um contexto de intensificação militar do governo Trump no Caribe e na costa do Pacífico da América Latina, onde ataques já resultaram na morte de pelo menos 79 pessoas. Com 51% dos entrevistados se opondo a essas ações, o debate sobre a legitimidade dessas operações ganha força entre a população.

O levantamento, que envolveu 1.200 adultos de diferentes regiões dos EUA, revela divisões significativas entre os eleitores republicanos e democratas. Enquanto 58% dos republicanos apoiam os ataques, 75% dos democratas se opõem a essa prática, evidenciando um descontentamento crescente com a abordagem militar do governo. Grupos de direitos humanos, como a Anistia Internacional, criticam os ataques como execuções extrajudiciais e levantam preocupações sobre possíveis violações do direito internacional.

Os desdobramentos dessa pesquisa indicam uma crescente pressão sobre a administração Trump para reconsiderar sua estratégia militar na América Latina. A Casa Branca defende que está em guerra contra cartéis de drogas, mas a opinião pública parece exigir um debate mais amplo sobre os métodos utilizados. Com a situação na Venezuela se agravando e novas operações militares sendo planejadas, o futuro das políticas de segurança dos EUA na região está em xeque.

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