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Justiça britânica responsabiliza BHP por tragédia em Mariana

Camila Pires
Tempo: 2 min.

A Justiça do Reino Unido determinou que a mineradora anglo-australiana BHP, acionista da Samarco, é responsável pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, que em 2015 causou a morte de 19 pessoas. A decisão, anunciada em 14 de novembro de 2025, classifica a BHP como ‘poluidora’ e pode resultar em indenizações bilionárias que ainda serão definidas em um julgamento previsto para outubro de 2026.

O desastre em Mariana provocou a liberação de uma enxurrada de lama tóxica, devastando vilarejos, áreas rurais e rios, e avançando até o oceano. Durante as audiências, foram apresentados dados alarmantes sobre o acúmulo de poluentes na região desde o incidente. As indenizações podem chegar a 36 bilhões de libras, contrastando com os US$ 31 bilhões oferecidos anteriormente pela BHP em um acordo extrajudicial no Brasil.

A BHP já manifestou a intenção de recorrer da decisão, defendendo suas ações na restauração da área afetada e na compensação de vítimas. O processo no Reino Unido é parte de uma ação coletiva internacional iniciada em 2018 e complementada por outra na Holanda. A responsabilidade da BHP, assim como de outras empresas envolvidas, continua a ser um tema debatido em diferentes esferas judiciais.

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