A JBS, líder mundial na produção de carnes, reportou um lucro líquido de US$ 581 milhões no terceiro trimestre de 2025, o que representa uma queda de 16,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa redução no lucro foi influenciada por altos custos de gado nos Estados Unidos e os efeitos da gripe aviária no Brasil, mesmo com uma receita recorde de US$ 22,6 bilhões, alta de 13% em relação ao ano passado.
Gilberto Tomazoni, CEO da empresa, ressaltou que a forte demanda por proteínas ajudou a mitigar o impacto da queda no lucro. Ele acredita que o quarto trimestre será sazonalmente mais forte, impulsionado pela reabertura dos mercados da China e da União Europeia para as exportações de carne de frango do Brasil. A divisão de carne bovina da JBS nos EUA, no entanto, enfrentou desafios, com um Ebitda ajustado negativo de US$ 42 milhões.
Os altos custos de aquisição de gado nos EUA, onde a empresa obtém a maior parte de sua receita, continuam a ser uma preocupação, com previsão de melhora apenas em 2027. Apesar dos desafios, a JBS mantém uma perspectiva positiva para o futuro, com a expectativa de que a demanda global por proteína continue forte. A empresa também planeja finalizar 2025 com alavancagem controlada, o que pode permitir novas oportunidades de recompra de ações.


