O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou a favor de aceitar a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro, acusando-o de coação. A denúncia alega que o congressista buscou apoio nos Estados Unidos para interferir no julgamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. A análise do caso começou em 14 de novembro de 2025, na 1ª Turma do STF.
O julgamento acontece em um plenário virtual, onde os ministros registram seus votos eletronicamente. A corte opera atualmente com quatro integrantes, após a transferência de Luiz Fux para a 2ª Turma, e os demais ministros ainda não se manifestaram. A expectativa é de que a decisão sobre a abertura da ação penal contra Eduardo Bolsonaro seja unânime, com os magistrados tendo até 25 de novembro para deliberar sobre os elementos da denúncia.
A PGR afirma que Eduardo e Jair Bolsonaro tentaram pressionar autoridades e organizações nos EUA para contestar a condenação do ex-presidente, utilizando ameaças de sanções econômicas. A investigação inclui indícios de que eles buscaram apoio do pastor Silas Malafaia para influenciar decisões em favor do ex-presidente. O caso levanta questões significativas sobre a interferência política e legal em processos judiciais no Brasil e suas repercussões internacionais.


