A taxa de desocupação no Brasil registrou uma queda significativa, alcançando 5,6% no terceiro trimestre de 2025, conforme dados divulgados pela PNAD Contínua. Este é o menor índice desde 2012, refletindo um momento de ajuste no mercado de trabalho, típico do período que antecede o fim do ano. Os estados do Nordeste e Norte, no entanto, continuam a enfrentar altos índices de desemprego, com Pernambuco, Amapá e Bahia destacando-se negativamente.
Apesar da redução geral, a desigualdade no mercado de trabalho permanece alarmante. As taxas de desocupação entre mulheres (6,9%) e negros (6,9%) são superiores às de homens (4,5%) e brancos (4,4%). Além disso, aqueles com menor escolaridade, especialmente os com ensino médio incompleto, enfrentam as maiores dificuldades, evidenciando a necessidade de políticas mais eficazes para inclusão e capacitação profissional no Brasil.
Com a taxa de informalidade estável em 37,8%, a situação do emprego no país requer atenção contínua. A maior concentração de trabalhadores informais ainda se observa no Norte e Nordeste, enquanto o Sul e o Sudeste apresentam melhores condições de trabalho formal. O analista William Kratochwill ressalta que a diminuição da taxa de desocupação é resultado de um aumento marginal na ocupação, o que pode não ser suficiente para garantir uma recuperação robusta e equitativa do mercado de trabalho brasileiro.


