Jair Bolsonaro e outros condenados por tentativa de golpe se preparam para recorrer a tribunais internacionais, após a manutenção de suas sentenças pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Alegando parcialidade no processo judicial, a defesa busca replicar uma estratégia similar à utilizada por um ex-presidente em 2016, quando denunciou ações ilegais do Judiciário. As penas variam e chegam a 27 anos de prisão, refletindo a seriedade das acusações enfrentadas pelos réus.
Os advogados de Bolsonaro afirmam que a condução do processo foi repleta de abusos, incluindo prisões arbitrárias e ameaças para forçar delações. Essa abordagem é considerada uma tentativa de buscar um julgamento mais justo em cortes internacionais, embora os custos sejam altos e as chances de sucesso, reduzidas. Estima-se que os réus precisarão de pelo menos 5 milhões de reais apenas para custear pareceres nos próximos cinco anos, um investimento que pode não trazer os resultados esperados.
Com a decisão recente da Primeira Turma do STF negando recursos, a defesa agora concentra esforços em levar o caso ao plenário da Corte, onde acreditam haver uma remota possibilidade de absolvição. Se essa última tentativa falhar, restará o apelo internacional, uma estratégia que, embora já utilizada por outros políticos, levanta questionamentos sobre sua eficácia. A pressão sobre os réus aumenta à medida que o tempo se esgota e as opções se tornam limitadas.


