A Câmara dos Deputados adiou a votação do projeto de lei contra facções, marcada para o dia 18 de novembro, em meio a uma acalorada disputa política. O deputado Guilherme Derrite, escolhido como relator, apresentou diversas versões do texto, mas não conseguiu consenso entre os parlamentares, refletindo a crescente polarização sobre o tema da segurança pública no Brasil.
O projeto, também conhecido como PL Antifacção, propõe medidas rigorosas de combate ao crime organizado, mas enfrentou críticas tanto do governo quanto da oposição. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, expressou descontentamento com as alterações feitas por Derrite, que incluem a tipificação de facções como organizações terroristas e mudanças na estrutura das forças policiais, gerando um clima de incerteza e rivalidade no Legislativo.
A urgência do debate sobre segurança se intensifica, especialmente com o aumento da preocupação pública com a criminalidade. Pesquisas indicam que a população está demandando ações mais rigorosas contra o crime, colocando pressão sobre o governo e potencializando a disputa eleitoral de 2026, onde a segurança pública se tornará um tema central nas campanhas políticas.


