A polarização política no Brasil tem gerado efeitos visíveis, dificultando a formação de consensos em questões técnicas. Em um ambiente dominado por radicalismos, muitos cidadãos, que buscam um diálogo mais equilibrado, permanecem sem representação. Uma pesquisa recente do think tank More in Common, em parceria com a Quaest, revelou que 54% da população não se identifica com as posições extremas, indicando que uma multidão silenciosa pode estar emergindo.
Esse grupo, frequentemente estigmatizado como ‘isentão’, demonstra uma preocupação maior com problemas cotidianos, como a economia e a educação, do que com as bandeiras políticas radicais. Os dados mostram que essa parcela da sociedade está mais atenta a soluções pragmáticas do que a questões ideológicas, refletindo uma mudança nas prioridades dos eleitores. Enquanto isso, a segurança pública e a saúde permanecem como áreas críticas que exigem atenção imediata.
O apoio crescente a abordagens racionais, longe das paixões extremas, sugere que essa parte da população pode começar a influenciar as decisões políticas. Assim, a atenção dos políticos pode se voltar mais para essas pessoas, sinalizando um possível fim da era da polarização. O futuro político do Brasil pode estar se moldando a partir dessas novas dinâmicas, onde o pragmatismo e o diálogo reinam.


