Um estudo da IMO Insights aponta um crescente êxodo das grandes metrópoles brasileiras em direção a cidades médias, alterando o panorama econômico do país. Nos últimos 25 anos, municípios com populações entre 150 mil e 500 mil habitantes têm atraído migrantes em busca de qualidade de vida e oportunidades de trabalho, refletindo uma nova dinâmica urbana. Essa tendência se intensificou a partir de 2010, quando grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro começaram a registrar perda populacional.
Embora a migração para cidades menores ofereça vantagens como segurança, menos caos urbano e custo de vida mais acessível, os novos habitantes enfrentam desafios significativos em termos de infraestrutura. A pesquisa revela que muitos moradores se sentem limitados por opções escassas de lazer e serviços, o que abre um leque de oportunidades para o setor privado e exige ações efetivas do governo para melhorar a qualidade de vida. A interiorização da economia também está ligada ao crescimento do agronegócio e à busca por novas áreas produtivas, o que reconfigura o mapa econômico do Brasil.
A transformação das cidades médias em polos de desenvolvimento econômico e social traz à tona a necessidade de políticas públicas adequadas para suportar esse crescimento. Com uma população cada vez mais expressiva, esses municípios precisam se adaptar às novas demandas, garantindo acesso a serviços essenciais e infraestrutura de qualidade. A mudança no padrão de vida urbana propõe desafios e oportunidades, exigindo uma resposta integrada entre os setores público e privado para assegurar um futuro sustentável e equilibrado.