A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, gerou polêmica ao afirmar que dorme apenas de duas a quatro horas por noite, durante uma reunião marcada para as 3 da manhã com seus assessores. Essa revelação ocorreu enquanto ela se preparava para uma audiência do comitê orçamentário, levantando preocupações sobre a cultura de trabalho árdua que permeia o Japão. Os comentários de Takaichi, que se inspira em sua heroína política Margaret Thatcher, foram feitos em resposta a questionamentos sobre como ela lidaria com as longas jornadas de trabalho no país.
As declarações de Takaichi chamaram a atenção não apenas pela quantidade reduzida de sono, mas também pelo impacto que isso pode ter em sua capacidade de liderar e promover um ambiente de trabalho saudável. O Japão, conhecido por sua ética de trabalho rigorosa, enfrenta críticas crescentes por suas longas horas de trabalho que afetam a saúde e o bem-estar dos funcionários. A primeira-ministra, ao compartilhar sua rotina, pode estar inadvertidamente reforçando um padrão que contribui para a fadiga generalizada entre os trabalhadores japoneses.
Essa situação pode levar a um debate mais amplo sobre a necessidade de reformas nas políticas de trabalho no Japão, especialmente em um momento em que o governo busca melhorar as condições de trabalho. As preocupações em torno da saúde mental e do equilíbrio entre vida pessoal e profissional podem se intensificar, pressionando Takaichi a adotar medidas que promovam um ambiente de trabalho mais sustentável. A discussão sobre o sono e a produtividade pode abrir caminho para uma revisão das práticas laborais no país, refletindo uma mudança necessária na cultura corporativa japonesa.


