Na última quinta-feira, o Brasil anunciou a obtenção de US$ 300 milhões, cerca de R$ 1,5 bilhão, para o Plano de Ação de Belém para a Saúde, apresentado durante a COP30 em Belém, no Pará. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou a adesão de 40 países e diversas instituições sociais ao projeto, que visa promover ações integradas para mitigar os impactos das mudanças climáticas na saúde pública. Esta iniciativa representa um avanço significativo na busca por soluções sustentáveis de saúde em um contexto de crescente vulnerabilidade global.
O plano, que já está preparado para implementação em várias regiões do Brasil, prioriza a adequação das infraestruturas de saúde às realidades locais, especialmente em áreas mais afetadas por desigualdades sociais. Além disso, os recursos serão direcionados principalmente a populações vulneráveis, como comunidades negra, indígena e mulheres, que historicamente enfrentam barreiras ao acesso a serviços de saúde. O ministro destacou que a Coalizão para o Clima e o Bem-Estar da Saúde, responsável pela doação, inclui países com sistemas de saúde robustos, como o Reino Unido, que também busca ampliar o apoio ao Brasil na captação de mais assinaturas.
Com a implementação deste plano, o Brasil pretende não apenas adaptar seus sistemas de saúde aos desafios impostos pelas mudanças climáticas, mas também estabelecer um modelo que possa ser replicado por outras nações. A expectativa é que, com o comprometimento de dezenas de países, ações concretas sejam desenvolvidas para fortalecer a resiliência dos sistemas de saúde diante de eventos climáticos extremos. O cenário atual demanda a construção de estruturas que garantam a continuidade dos serviços de saúde, mesmo em situações adversas, refletindo a urgência de uma resposta global coordenada.

