A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, transformar o perito computacional Eduardo Tagliaferro em réu. Ele é acusado de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo e obstrução de Justiça, em uma decisão que ocorreu no plenário virtual do STF, com votos dos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino.
A investigação da Polícia Federal concluiu que Tagliaferro foi o responsável por vazar diálogos que prejudicaram a imagem da mais alta corte do Poder Judiciário. O ex-assessor, que atuou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República em agosto, e agora enfrenta um processo criminal que pode resultar em condenação de até 14 anos de prisão. Ele nega as acusações e atribui o vazamento a outros servidores públicos.
Com a decisão do STF, Alexandre de Moraes solicitou a extradição de Tagliaferro, que atualmente reside na Itália, para garantir tanto o cumprimento da pena quanto o andamento do processo. Tagliaferro foi detido na Itália no início de outubro e enfrenta uma série de complicações legais tanto por sua atuação no TSE quanto por uma acusação anterior de violência doméstica, que resultou na sua exoneração.


