O Banco do Brasil anunciou que espera uma recuperação na inadimplência do agronegócio a partir do início de 2026. O vice-presidente da instituição, Felipe Prince, mencionou que a inadimplência tem sido um dos principais fatores que impactaram os resultados do banco, que registrou uma queda de 60% em seu lucro no último ano. Em teleconferência, Prince afirmou que medidas estão sendo implementadas para mitigar esse problema, especialmente com a renegociação de dívidas através da medida provisória 1.314.
A presidente-executiva do BB, Tarciana Medeiros, destacou que a linha BB Regulariza Agro já renegociou R$ 5,9 bilhões, contribuindo para a expectativa de diminuição da inadimplência. A instituição também planeja focar no crédito para pessoas físicas, à medida que a economia pode se beneficiar com a redução das taxas de juros. Apesar do foco no setor de pessoas físicas, o banco continuará a atender o agronegócio, mantendo um saldo de crédito ao redor de R$ 400 bilhões.
Os executivos do Banco do Brasil acreditam que as renegociações e ajustes financeiros podem gerar um impacto positivo nos resultados futuros. O banco também se comprometeu a manter sua política de distribuição de dividendos, avaliando a possibilidade de um dividendo extraordinário no final de 2026, dependendo das condições financeiras. Essa abordagem visa equilibrar a geração de resultados e a remuneração dos acionistas, considerando a recuperação econômica esperada para o próximo ano.


