O Grupo Casas Bahia divulgou seus resultados para o terceiro trimestre de 2025, revelando um aumento de 19,6% no Ebitda, mas também um prejuízo líquido de R$ 496 milhões, o que representa uma alta de 34,4% em relação ao ano anterior. Após a divulgação, as ações da varejista caíram 7,5%, refletindo preocupações do mercado com a alavancagem financeira da empresa. Às 16h, as ações estavam cotadas a R$ 3,33, evidenciando a reação negativa dos investidores.
Analistas da XP Investimentos destacaram que, apesar do crescimento na receita impulsionado por serviços e melhorias operacionais, as despesas financeiras continuam a ser um peso significativo, com 92% do fluxo de caixa operacional direcionado para o pagamento de juros. A empresa apresentou um volume bruto de mercadorias de R$ 10,49 bilhões, um aumento de 8,5%, com o marketplace destacando-se com uma alta de 17,7%. Contudo, as preocupações com a alta alavancagem financeira dificultam a geração de lucro líquido positivo, levando a recomendações de manutenção das ações por parte de várias instituições financeiras.
O cenário futuro para a Casas Bahia permanece incerto, com a expectativa de que as melhorias operacionais se consolidem no quarto trimestre. A empresa busca mitigar as pressões financeiras e sustentar o crescimento, especialmente com a nova parceria com o Mercado Livre. Entretanto, a análise de instituições como o Goldman Sachs sugere cautela, apontando para a necessidade de um acompanhamento mais atento à evolução dos custos financeiros e da dinâmica do capital de giro, o que poderá impactar a trajetória de crescimento da varejista.