As ações da Casas Bahia sofreram uma queda de 7,5% após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025, quando a varejista reportou um prejuízo líquido de R$ 496 milhões. Este número representa um aumento de 34,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, apesar de um crescimento na receita e melhorias operacionais. O mercado está avaliando a situação financeira da empresa em um cenário macroeconômico desafiador.
Os resultados mostraram que o Ebitda ajustado da Casas Bahia totalizou R$ 587 milhões, uma alta de 19,6% em relação ao ano anterior, com uma margem de 8,5%. Entretanto, 92% do fluxo de caixa operacional foi utilizado para o pagamento de juros, evidenciando a elevada alavancagem financeira como um obstáculo persistente. Apesar disso, a parceria com o Mercado Livre é vista como um potencial catalisador para melhorias futuras.
Analistas como os da Genial Investimentos e do Goldman Sachs mantêm recomendações neutras para as ações, destacando que a sustentabilidade do crescimento ainda é questionável. O desempenho no e-commerce tem sido um ponto positivo, mas as despesas financeiras elevadas e a dinâmica do capital de giro continuam a ser preocupações. O quarto trimestre poderá revelar se as estratégias adotadas surtiram efeito, especialmente com a sazonalidade a favor da empresa.