A Ordem Médica Brasileira (OMB) se apresenta como uma nova alternativa à Associação Médica Brasileira (AMB), criando 55 entidades paralelas que prometem certificar médicos em diversas especialidades. Desde janeiro de 2025, a OMB tem se posicionado com uma proposta de certificação que ignora as normas estabelecidas pela AMB, a qual há 70 anos é responsável pela regulamentação do título de especialista no Brasil.
As sociedades criadas pela OMB, como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Exercício do Esporte, utilizam siglas semelhantes a instituições renomadas, gerando confusão e preocupações éticas. A AMB já emitiu um alerta sobre os riscos que isso representa para a segurança dos pacientes, enfatizando que apenas médicos com formação reconhecida têm direito ao Registro de Qualificação de Especialista, essencial para a prática médica segura.
Especialistas apontam que as diretrizes publicadas pela OMB carecem de evidências científicas e podem expor pacientes a tratamentos arriscados, como a recomendação de implantes hormonais sem respaldo. A AMB pede a intervenção das autoridades competentes para coibir essas práticas irregulares, que ameaçam a integridade do sistema de saúde e a segurança dos pacientes no Brasil.


