Na abertura da Cúpula dos Povos em Belém, no dia 12 de novembro de 2025, o secretário-geral da Presidência, Guilherme Boulos, foi alvo de protestos de manifestantes. Um estudante do Instituto Federal do Pará criticou a falta de menção a problemas graves da Amazônia em seu discurso, como a exploração de petróleo e a privatização de rios, reivindicando coerência nas políticas do governo Lula.
A Cúpula dos Povos, que ocorre paralelamente à COP30, busca reunir cerca de 10.000 participantes, incluindo indígenas e militantes de diversos movimentos sociais. Os manifestantes expressaram sua insatisfação com a falta de representatividade na COP30 e exigem que propostas oficiais considerem saberes ancestrais para abordar a crise climática. Durante o evento, também houve uma manifestação cultural, destacando a dança do Carimbó, que simboliza a resistência e as tradições locais.
As críticas a Boulos refletem uma divisão crescente dentro do governo e entre os movimentos sociais, com alguns setores do PSOL questionando sua conexão com as bases. A pressão para que o governo tome medidas mais efetivas em relação à Amazônia e às questões climáticas continua a crescer, enquanto os participantes da Cúpula dos Povos se mobilizam por maior participação e ações concretas no enfrentamento das crises ambientais.