Durante a COP30, que acontece em Belém, a discussão sobre o financiamento climático se intensificou, com foco no Artigo 9.1 do Acordo de Paris. Este artigo, que obriga países desenvolvidos a financiar ações ambientais no Sul Global, permanece sem regulamentação e é o centro das tensões nas negociações. Países em desenvolvimento alertam que a falta de recursos previsíveis pode travar a transição energética necessária para mitigar as mudanças climáticas.
O tema foi retirado da agenda oficial e transferido para consultas presidenciais, conduzidas pelo diplomata Túlio Andrade, em uma tentativa de evitar bloqueios nas negociações. Enquanto isso, países africanos, como Quênia e Etiópia, pressionam por um avanço no Comitê Permanente de Financiamento para garantir o cumprimento das promessas de financiamento. As divergências entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento refletem a complexidade das demandas por adaptações e mitigação das mudanças climáticas.
Com a pressão crescente, o Grupo Árabe e outras nações em desenvolvimento buscam reincluir o Artigo 9.1 na agenda formal, destacando a necessidade de discutir medidas comerciais unilaterais que impactam suas economias. As discussões em Belém ressaltam a importância de um compromisso claro entre nações ricas e pobres em relação ao financiamento climático, essencial para garantir a justiça climática e a eficácia das ações necessárias para enfrentar a crise ambiental.

