Nesta quinta-feira (13), a Polícia Federal prendeu o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, como parte da Operação Sem Desconto, que investiga desvios de recursos em benefícios previdenciários. A operação abrange 14 estados e o Distrito Federal, com a execução de 10 mandados de prisão preventiva e 63 de busca e apreensão, contando com o apoio da Controladoria-Geral da União.
As investigações apontam para irregularidades durante a gestão de Stefanutto, que é acusado de permitir práticas fraudulentas no sistema. Além dele, servidores do INSS, empresários e lobistas estão entre os alvos da operação. A ação foi autorizada pelo ministro André Mendonça do Supremo Tribunal Federal e se segue a uma fase anterior da operação que já havia apreendido bens de alto valor e revelado um esquema de descontos indevidos em contracheques, totalizando R$ 6,3 bilhões.
A prisão de Stefanutto e os desdobramentos da Operação Sem Desconto destacam a necessidade de maior vigilância sobre o sistema previdenciário. O caso poderá gerar novas discussões no Congresso, onde uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) foi proposta para investigar os impactos das fraudes na Previdência. A situação ressalta a fragilidade das estruturas de controle e a urgência de reformas para proteger os beneficiários.


