O Banco do Brasil (BB) anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no terceiro trimestre de 2025, o que representa uma queda de 60,2% em relação a 2024. O resultado, divulgado na quarta-feira, 12 de novembro de 2025, reflete um contexto financeiro desafiador, marcado por um aumento significativo na inadimplência, que atingiu 4,93% do total. Esse cenário foi exacerbado pelos índices elevados nas carteiras do agronegócio e de pessoas físicas.
A margem financeira bruta do BB alcançou R$ 26,4 bilhões, apresentando um crescimento em relação ao segundo trimestre, mas uma diminuição em comparação ao ano anterior. A inadimplência na carteira agro, especialmente nas culturas de soja e nas regiões Centro-Oeste e Sul, atingiu 5,34%. Por outro lado, o índice de inadimplência de pessoas físicas encerrou o período em 6,01%, influenciado por operações com produtores rurais e a elevação da inadimplência em cartões de crédito.
O aumento nas provisões para perdas de crédito, que totalizaram R$ 17,9 bilhões, foi um dos principais fatores que impactaram o lucro do banco. Essa alta de 77,7% em relação ao ano anterior reflete a aplicação da Resolução 4.966 do Banco Central, que exige reservas adicionais para créditos que não se espera recuperar. A situação atual levanta preocupações sobre a saúde financeira da instituição e os possíveis desdobramentos para o mercado financeiro brasileiro.


