Em entrevista à Forbes Brasil, Marjorie Estiano, atriz renomada, aborda sua nova interpretação como Ângela Diniz na minissérie “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”, que estreia hoje na HBO Max. Após mais de 20 anos de carreira, ela se depara com um papel que não apenas reconstitui um crime brutal, mas também levanta questões cruciais sobre a violência de gênero ainda presente no Brasil. “O papel da série é provocar e trazer à tona as violências que a gente ainda vive”, afirma Estiano, ressaltando a relevância do tema.
A história de Ângela Diniz, socialite assassinada em 1976, é marcada por um julgamento que utilizou a tese da “legítima defesa da honra”, a qual foi finalmente derrubada pelo Supremo Tribunal Federal em 2023. Durante quase um ano, Estiano se dedicou a entender a complexidade da personagem, refletindo sobre a luta das mulheres ao longo das décadas. Ela observa que, apesar das mudanças significativas na autonomia feminina, a mentalidade em relação à violência persiste, evidenciando a necessidade contínua de proteção e debate.
Ao longo da conversa, Marjorie Estiano também menciona a evolução de sua carreira, que agora se concentra em papéis que promovem reflexão social. Com uma nova perspectiva sobre seu trabalho, ela busca projetos que dialoguem com questões relevantes e a incentivam a explorar sua criatividade. Estiano expressa o desejo de um futuro onde possa produzir obras com significado e que alimentem o debate sobre temas pertinentes à sociedade.