Na quarta-feira (12), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, recebeu governadores de estados brasileiros em uma reunião onde foi solicitado um adiamento de cerca de 30 dias para a análise do projeto antifacção. A reunião incluiu mandatários de estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina, que expuseram suas preocupações sobre segurança pública. Embora a votação tivesse sido adiada, Motta não pretende estender as discussões por um período tão longo.
Os governadores argumentaram que cada estado enfrenta uma realidade distinta em relação à segurança, o que justifica a necessidade de um tempo adicional para a análise do projeto. No entanto, aliados de Motta e Derrite consideraram o pedido irrealista, e a nova data para votação ficou marcada para a próxima terça-feira (18). A avaliação é de que um adiamento muito longo poderia prejudicar a proposta, especialmente com a proximidade das votações do Orçamento Federal.
A insatisfação com o texto do projeto é generalizada, tanto entre o governo quanto entre a oposição. O relator Guilherme Derrite está em constante diálogo com diferentes bancadas e já apresentou uma nova versão do parecer, mas ainda enfrenta resistência. Há preocupações sobre a possibilidade de o projeto ser declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, o que pode impactar significativamente seu futuro.