O documentário ‘Eloá the Hostage: Live on TV’ estreou na Netflix em 12 de novembro e revisita a crise de refém que ocorreu em outubro de 2008, em São Paulo, quando Lindemberg Alves, de 22 anos, sequestrou Eloá Pimentel, de 15 anos. A situação culminou em tragédia com a morte da adolescente, após ser atingida por um tiro disparado por seu captor. O filme traz à tona a voz de Eloá por meio de trechos de seu diário e entrevistas com familiares e jornalistas que cobriram o caso.
A crise de refém atraiu a atenção de toda a sociedade paulistana, com multidões se formando em frente ao prédio onde Eloá estava mantida. O documentário explora não apenas a dinâmica do relacionamento abusivo entre os dois, mas também as falhas das autoridades na condução do resgate. A insistência da polícia em negociar por tempo excessivo é criticada, e muitos acreditam que a vida de Eloá poderia ter sido salva se a situação tivesse sido tratada como um caso de violência de gênero desde o início.
A diretora Cris Ghattas enfatiza que o documentário busca não apenas reviver a história de Eloá, mas também provocar uma reflexão sobre a responsabilidade coletiva em casos de abuso e violência. Com a repercussão do caso, Ghattas espera que o público compreenda a importância de reconhecer sinais de abuso e as falhas institucionais que podem levar a desfechos trágicos. Assim, a obra se torna um convite à conscientização e à mudança social.