A docuserie ‘Battle of the Irish Dancers’ acompanha jovens dançarinos em sua preparação para os campeonatos mundiais de dança irlandesa, mas causa estranhamento ao não incluir Michael Flatley, figura central na revolução da dança desde a criação de ‘Riverdance’. A série, composta por três episódios, remete à era anterior a Flatley, quando a dança era marcada por tradições que hoje parecem distantes, como mostram imagens de competições em centros comunitários.
Entre os depoimentos, a dançarina e professora Kelly Hendry comenta como Flatley transformou a dança irlandesa, levando-a a um novo patamar de reconhecimento global. A série também ilustra as mudanças nos estilos de apresentação, como a adoção de perucas elaboradas que substituem os penteados tradicionais, permitindo que as jovens dançarinas se concentrem nas coreografias sem distrações. Essa inovação, embora prática, gera discussões sobre a preservação da identidade cultural na dança.
A ausência de Flatley na série pode representar um desdobramento significativo para o futuro da dança irlandesa, sugerindo que novas gerações estão moldando o legado de maneiras distintas. Essa mudança também levanta questões sobre a influência das tradições e a forma como elas se adaptam ao contemporâneo. Com o panorama da dança irlandesa em evolução, o documentário promete gerar debates sobre o equilíbrio entre a tradição e a inovação.