O Banco do Brasil anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 3,785 bilhões no terceiro trimestre de 2025, marcando uma expressiva queda de 60,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A deterioração nos resultados é atribuída à crescente inadimplência no setor do agronegócio e ao aumento das provisões, elementos que têm pressionado os indicadores financeiros do banco. Em comparação ao segundo trimestre deste ano, o resultado permaneceu estável.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do banco foi de 8,4%, mesmo patamar observado no trimestre anterior, mas significativamente inferior aos 21,1% registrados há um ano. A carteira de crédito expandida cresceu 7,5% em um ano, atingindo R$ 1,278 trilhão, embora tenha apresentado uma leve queda de 1,2% em relação ao trimestre anterior. A carteira de agronegócio, que enfrenta problemas de inadimplência, cresceu 3,2% em doze meses, totalizando R$ 386,571 bilhões.
Com ativos totalizando R$ 2,538 trilhões, o Banco do Brasil viu um aumento de 2,8% em relação ao ano passado. Apesar do crescimento em algumas áreas, a margem financeira bruta, que alcançou R$ 26,365 bilhões, e a margem com clientes, que subiu 18,6% em um ano, não foram suficientes para compensar a queda na margem com o mercado, que caiu 66%. O futuro do banco pode depender de sua capacidade de mitigar a inadimplência e melhorar suas provisões.