Um estudo recente da ActionAid aponta que menos de 3% dos recursos destinados ao financiamento climático são alocados para iniciativas que promovem uma transição justa. Essas iniciativas são fundamentais para assegurar que trabalhadores, mulheres e comunidades vulneráveis sejam considerados nas estratégias de mitigação da crise climática. O relatório foi divulgado no início deste mês e analisa dados dos principais fundos climáticos globais, revelando uma preocupante falta de apoio a esses grupos.
Os resultados do relatório indicam que apenas 1,96% dos projetos climáticos realmente ouvem e apoiam as pessoas que mais precisam durante a transição. Para cada 35 dólares investidos em financiamento climático, apenas um dólar é direcionado para questões de justiça social. A urgência da situação foi destacada pelo secretário-geral da ActionAid Internacional, que alertou sobre o risco de aprofundamento das desigualdades caso essa negligência persista.
Durante a Conferência do Clima, COP30, a transição justa se tornou um dos temas centrais das discussões entre os países participantes. Ana Toni, CEO da COP30, comemorou o progresso nas negociações, que buscam criar um instrumento da ONU para garantir que a transição energética beneficie todos. O futuro da justiça climática depende de ações concretas que coloquem as necessidades das comunidades em primeiro lugar, evitando que os trabalhadores arcassem com o ônus da crise ambiental.


