O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou críticas ao relator do projeto Antifacção, Guilherme Derrite, durante uma declaração nesta quarta-feira. Haddad afirmou que a urgência em votar o texto é inadequada e destacou que a Receita e a Polícia Federal não foram consultadas, o que compromete a eficácia da proposta no combate ao crime organizado.
O ministro também mencionou que a falta de diálogo do relator pode enfraquecer os esforços de combate ao crime, ressaltando a importância de integrar os trabalhos da Polícia Federal e da Receita. Ele se reuniu recentemente com o diretor-geral da PF para discutir a colaboração entre os órgãos, enfatizando a necessidade de um entendimento sólido antes da votação do projeto.
Diante da complexidade da matéria, Haddad e outros membros do governo defendem o adiamento da votação do projeto para que questões fundamentais sejam revisadas. Entre os pontos críticos estão a tipificação de crimes e a destinação de recursos provenientes de apreensões, que, segundo o governo, precisam ser ajustados para garantir a eficácia do combate às organizações criminosas.