A brasileira Daniela Marys de Oliveira, de 35 anos, foi condenada a dois anos e seis meses de prisão pelo Tribunal de Justiça do Camboja por uso e posse de drogas. O julgamento, realizado na tarde de quarta-feira, 12 de novembro de 2025, gerou controvérsia, especialmente porque a mulher não teve acesso a um tradutor durante o processo. Daniela havia se mudado para o Camboja no início deste ano, buscando uma oportunidade de trabalho como telemarketing.
Segundo familiares, Daniela foi vítima de um esquema de tráfico humano, sendo alvo de um golpe que a levou a aceitar uma proposta de emprego que, na verdade, se revelaria fraudulenta. Após recusar a vaga, ela foi presa por suspeitos que forjaram uma situação comprometendo sua integridade ao plantar drogas em seu ambiente. Além disso, a família da brasileira foi extorquida com ameaças de que ela seria vendida para o tráfico sexual caso não enviassem dinheiro.
O Itamaraty, através da Embaixada do Brasil no Camboja, informou que está realizando gestões junto ao governo local para prestar assistência consular à brasileira. Daniela tem um período de 30 dias para recorrer da condenação, o que pode abrir novos desdobramentos legais no caso. Esta situação destaca as dificuldades enfrentadas por brasileiros no exterior e a necessidade de proteção a vítimas de tráfico humano.