A China está lidando com um excesso de soja, que se acumulou após meses de importações recordes, o que prejudica as perspectivas de exportação dos Estados Unidos. A situação é exacerbada por estoques elevados nos portos e nas reservas estatais, além de margens de esmagamento insatisfatórias que limitam o interesse da China em novas aquisições.
Com os estoques de soja nos portos chineses atingindo 10,3 milhões de toneladas e a demanda lenta do setor de rações, as empresas estatais aguardam uma recuperação nas margens antes de se comprometerem com compras significativas. Apesar de uma trégua nas negociações comerciais que prometeu um aumento nas compras de soja dos EUA, a China ainda não se comprometeu publicamente a adquirir os volumes prometidos, mantendo o foco em alternativas mais baratas, como a soja brasileira.
As expectativas de que as empresas estatais chinesas retomarão rapidamente as compras significativas não se concretizaram, o que gera incertezas sobre o mercado. Enquanto isso, os importadores privados continuam a reservar soja brasileira, que se apresenta como uma opção mais econômica. Essa dinâmica pode alterar as relações comerciais entre os dois países, especialmente se a China não atender às expectativas de compra acordadas com os EUA.


