A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (12), a recondução de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República, com 17 votos favoráveis e 10 contrários. A indicação, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora aguarda a confirmação do plenário do Senado, que deve deliberar sobre o assunto ainda hoje. A sabatina de Gonet incluiu questionamentos sobre sua atuação e críticas de senadores sobre sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante a sabatina, Gonet defendeu sua gestão, destacando que o Ministério Público não busca mais uma atuação midiática e que todas as suas decisões são fundamentadas e imparciais. Ele negou qualquer envolvimento em perseguições políticas, rebatendo acusações de senadores de que estaria colaborando com um conluio contra Bolsonaro. A discussão também envolveu a abordagem do procurador em relação a temas como igualdade de gênero e combate ao crime organizado.
As implicações da recondução de Gonet à PGR são significativas, especialmente em um momento de polarização política no Brasil. Os senadores continuam a debater o papel do Ministério Público em casos sensíveis, como os ligados ao ex-presidente, e a capacidade da PGR de atuar de forma independente. A confirmação pelo plenário poderá impactar a confiança pública na instituição, além de moldar a atuação do Ministério Público em investigações futuras.


