O Banco Central (BC) emitiu um alerta sobre a crescente ameaça de ataques cibernéticos a instituições financeiras no Brasil, destacando a sofisticação dos criminosos envolvidos. Em um relatório divulgado em 12 de novembro de 2025, a entidade identificou vulnerabilidades em provedores de tecnologia, que têm sido alvo de ataques coordenados, resultando em desvio de recursos de contas. Embora os sistemas do BC, incluindo o Pix, tenham permanecido intactos, a situação revela riscos significativos para o sistema financeiro nacional.
De acordo com o relatório de Estabilidade Financeira, 606 instituições foram avaliadas, e muitas delas apresentaram deficiências na gestão de riscos, especialmente em relação a serviços terceirizados. O BC ressaltou que a maioria das instituições não implementa validações robustas, o que facilita a automação de fraudes por meio de APIs. Essa falta de controle pode comprometer simultaneamente várias instituições, caso suas conexões com provedores de serviços sejam invadidas.
Em resposta a essa situação, o Banco Central está reforçando as regras para provedores tecnológicos e aumentando o monitoramento de incidentes cibernéticos. Medidas estão sendo estudadas para melhorar a resiliência cibernética do sistema financeiro, pois os ataques demonstram que grupos organizados possuem conhecimento técnico avançado. O BC se compromete a continuar atuando para mitigar os impactos de potenciais incidentes que possam afetar o funcionamento do sistema financeiro nacional.