A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta quarta-feira, a recondução de Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República, com um resultado de 17 votos a favor e 10 contra. A votação ocorre após uma sabatina intensa, marcada por críticas da oposição quanto à gestão de Gonet e sua relação com o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Agora, o nome do procurador será submetido ao plenário, onde precisa de pelo menos 41 votos para confirmar seu cargo até 2027.
Durante a sabatina, Gonet defendeu a independência da Procuradoria e buscou ressaltar que sua atuação é guiada por fundamentos jurídicos, sem motivações ideológicas. O procurador também respondeu a questionamentos sobre sua postura em relação a uma possível anistia para os condenados pelos ataques de 8 de janeiro, afirmando que essa decisão cabe ao Congresso. A oposição, por sua vez, manifestou descontentamento, com senadores como Flávio Bolsonaro criticando a gestão do procurador em momentos de tensão na sessão.
Com a aprovação da CCJ, a expectativa agora se volta para o plenário do Senado, onde o clima promete ser conturbado. Enquanto aliados de Gonet acreditam em um número suficiente de votos para sua recondução, reconhecem que a margem será mais estreita do que em sua primeira aprovação, em 2023. O cenário político atual, marcado por embates e divisões, torna a votação um momento decisivo para a continuidade da gestão do procurador até 2027.