A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta quarta-feira, a recondução de Paulo Gonet ao cargo de Procurador-Geral da República, alcançando 17 votos favoráveis contra 10 contrários. A indicação, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seguirá para votação no plenário, onde o procurador precisará assegurar 41 votos para garantir sua posição até 2027.
A sabatina foi marcada por embates com senadores da oposição, que criticaram a atuação de Gonet, especialmente em relação à sua recente participação na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em contraste com sua aprovação anterior, onde recebeu 24 votos a 3, a atual votação reflete um ambiente político mais polarizado e crítico. Durante seu depoimento, Gonet reafirmou seu compromisso com a autonomia da Procuradoria-Geral e buscou se distanciar de influências políticas.
Com a aprovação na CCJ, a expectativa é que a votação no plenário também seja acirrada. Aliados do governo acreditam que Gonet pode obter o apoio necessário, embora reconheçam que a margem de votos será mais estreita do que em 2023. O desdobramento dessa votação pode impactar a relação entre os Poderes e a condução de importantes ações do Ministério Público nos próximos anos.