Um relatório da Human Rights Watch afirma que venezuelanos deportados pelos Estados Unidos sofreram torturas e abusos sexuais no Centro de Confinamento do Terrorismo em El Salvador, conhecido como Cecot. O documento, divulgado em 12 de novembro de 2025, baseia-se em entrevistas com 40 ex-detentos e revela que os abusos ocorreram entre março e julho de 2025, durante a gestão do presidente Nayib Bukele.
A pesquisa aponta que os 252 venezuelanos, enviados para El Salvador pelo governo do ex-presidente Donald Trump, enfrentaram condições desumanas e violência sistemática. Aproximadamente metade dos deportados não possuía antecedentes criminais, levantando questões sobre a legalidade e a ética da deportação. O governo Bukele, por sua vez, argumenta que suas prisões seguem padrões de direitos humanos, apesar das graves acusações feitas no relatório.
As revelações do documento não só evidenciam abusos nas prisões salvadorenhas, mas também têm implicações mais amplas sobre a política de imigração dos EUA e a relação com El Salvador. Com a crescente pressão internacional por respeito aos direitos humanos, o caso pode desencadear debates sobre as práticas de deportação e a responsabilidade dos governos envolvidos. A situação exige uma análise cuidadosa sobre a proteção dos direitos dos imigrantes e a necessidade de reformas nas políticas de segurança e imigração.


